PLAY Pere Ubu | Final Solution
|Assim repito o nome e sinto ainda o incêndio no rosto :|| paul celan |Porque é com nomes que alguém sabe | onde estar um corpo| por uma ideia, onde um pensamento | faz a vez da língua.| herberto helder
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junho 11, 2015
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Josef Koudelka. CZECHOSLOVAKIA. Prague. 1964. Theatre On the Balustrade. "King Ubu", a play written by the French playwright Alfred JARRY |
ERIGIDAS SOBRE AS NOSSAS FÁBULAS
UMA SUMPTUOSA MORADA
III
Avancei mais do que me permitiam as pupilas. (Lá onde a obscuridade se torna em degraus gratuitos, vertigem roubada à vigilância.)
A idade da transparência habita a memória dos homens.
As guerras contribuem para o seu prestígio.
O teu cabelo é o halo alongado do meu desespero. (Será o teu rosto o astro de que a manhã nasceu?)
As mãos trepavam, selvagens, até à boca do abismo de que ninguém suspeitava ao passar, distraído pelas dobras ondulantes das horas iluminadas que estriam o céu.
Edmond Jabès
A obscura palavra do deserto - uma antologia, Edições Cotovia, 1991
fevereiro 01, 2015
[#2] Manual de desistência
PLAY Pere Ubu, Golden Surf II
Emprestar o corpo à realidade
que não o despe.
Entreter as horas
e inventar unidades de tempo:
torná-lo mais curto.
Aguardar o próximo encontro:
do corpo
com outro corpo
(que, já nu, o saiba despir).
Emprestar o corpo à realidade
que não o despe.
Entreter as horas
e inventar unidades de tempo:
torná-lo mais curto.
Aguardar o próximo encontro:
do corpo
com outro corpo
(que, já nu, o saiba despir).