PLAY Lankum | The Granite Gaze
É a dor, moribunda, a renascer,
como quem faz viver,
a pintar o sonho inominável:
de trincha matriz-esparsa
e crivo de zeros em punho.
Esta dor maior
que esmorece as inúteis dores.
Esta dor-lição
que ensina a cair,
do chão,
como no poema.
E o sonho em água plana,
difuso, de luz refractado,
sempre inominável,
por cumprir,
parasita
na mama da dor.
Entre vidros e espelhos,
da dor ou do sonho
que há-de vir,
escolhemos a dor:
nada nos torna mais famintos
do que um sonho saciado.
É a dor, moribunda, a renascer,
como quem faz viver,
a pintar o sonho inominável:
de trincha matriz-esparsa
e crivo de zeros em punho.
Esta dor maior
que esmorece as inúteis dores.
Esta dor-lição
que ensina a cair,
do chão,
como no poema.
E o sonho em água plana,
difuso, de luz refractado,
sempre inominável,
por cumprir,
parasita
na mama da dor.
Entre vidros e espelhos,
da dor ou do sonho
que há-de vir,
escolhemos a dor:
nada nos torna mais famintos
do que um sonho saciado.