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outubro 01, 2016

fevereiro 09, 2015



@raquelsav
PLAY Rafael Toral Liberte (Touch)

Procuro um todo que me liberte dessa massa de incontinência insana que me assalta informe. Só vale uma liberdade escrita em verso branco e que entre poema adentro, num adensar de pintura dos dias raros. Procuro e nado, como nada o tempo musical no traço do pincel. Procuro e fundo-me, em queda livre, e livro o tempo de cair profusamente esparso num acaso. Parto e paro de parir porque o tempo não conta, se for a contar. Porque o poema não vale, se for a valer. Porque a liberdade não se agarra, se for de agarrar. Se me é próximo não me é acessível.

Procuro e fujo, como quem foge e deixa fugir, para agarrar de longe, para lá do poema e para além da pintura. Sei da força que me ateia ao sorvê-la num só trago. Renascerei, por isso,  inteira num baptismo de retorno infinito e natal mas, sem a dor de ver o mundo debaixo- não há novamente no talhar do cordão umbilical.