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maio 10, 2016

Der Dichter und der Krieg

Ich sang die Gesänge der rot aufschlitzenden Rache,
und ich sang die Stille des waldumbuchteten Sees;
aber zu mir gesellte sich niemand,
steil, einsam
wie die Zikade sich singt,
sang ich mein Lied vor mich.
Schon vergeht mein Schritt ermattend
im Sand de Mühe.
Vor Müdigkeit entfallen mir die Augen,
müde bin ich der trostlosen Furten,
des Überschreitens de Gewässer, Mädchen und Straßen.
Am Abgrund gedenke ich nicht
des Schildes und Speeres.
Von Birken umweht, 
von Winde umschattet,
entschlaf ich zum Klange der Harfe
Anderer,
denen sie freudig trieft.
Ich rege mich nicht,
denn alle Gedanken und Taten
trüben die Reinheit der Welt.  


O poeta e a guerra

Eu cantei os cânticos da vingança em vermelho rasgada,
E cantei o silêncio do lago de baías arborizadas;
Mas ninguém se juntou a mim,
Íngreme, solitário
Como a cigarra se canta,
Cantei o meu canto para mim.
Os meus passos  vão-se desvanecendo, extenuados
Na areia do meu esforço.
Os meus olhos caem-me de cansaço,
Estou cansado dos desconsolados vaus,
De atravessar rios, mulheres e ruas.
À beira do abismo, não penso
No escudo e na lança.
Assoprado pelas bétulas,
Ensombrado pelo vento, 
Adormeço ao som da harpa
De outros,
Para quem ela escorre alegremente.
Não me mexo,
Porque todos os pensamentos e acções
Turvam a pureza do mundo.   

Albert Ehrenstein (1916) | Expressionismo Alemão: Antologia Poética | Ática | 
(Trad. João Barrento)