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julho 28, 2020



Este homem que esperou
humilde em sua casa
que o sol lavasse a cara
ao seu desgosto

Este homem que esperou
à sombra duma árvore
mudar a direcção
ao seu pobre destino

Este homem que pensou
com uma pedra na mão
transformá-la num pão
transformá-la num beijo

Este homem que parou
no meio da sua vida
e se sentiu mais leve 
que a sua própria sombra

António Ramos Rosa (1960) | Antologia da novíssima poesia portuguesa | Círculo de poesia - Moraes Editores



fevereiro 03, 2020

janeiro 01, 2015

©raquelsav2015

Para que uma só coisa
vibre
na sua presença nua
para além da conjugação dos possíveis 

é preciso que o silêncio a dispa 
e o seu nome seja o seu próprio pudor 

António Ramos Rosa, Antologia Poética