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©raquelsav | 20 novembro 2022 | Aula Magna |
Quem esteve na Aula Magna em 2022, sabe que a despedida física, ao homem, começou, se não antes, ali. Uma luta desleal entre um homem frágil e a sua obra imensa, uma luta titânica. O choro foi colectivo, entre a emoção e eco da obra e a saudade de um homem que embora não tivesse partido, já se abeirava de um barco em saída. Mas fomos todos, rio acima, com ele nessa celebração, nesse embalo.
O barco, que saiu rio abaixo, chegou hoje ao mar, para navegar, navegar, sempre à vista, discretamente como sempre, mas à vista.
Quando eu morrer
Não me deem rosas
Mas ventos
Quero as ânsias do mar
Quero beber a espuma branca
De uma onda a quebrar
E vogar
Quando eu morrer
Não me deem rosas (x)
Ah, a rosa dos ventos
A correrem na ponta dos meus dedos
A correrem, a correrem sem parar
Onda sobre onda infinita como o mar
Como o mar inquieto
Num jeito de nunca mais parar
Por isso eu quero o mar
Morrer, ficar quieto, não
Ó, sentir sempre no peito
O tumulto do mundo
Da vida e de mim
E eu e o mundo
E a vida Ó mar
O meu coração fica para ti
Para ter a ilusão
De nunca mais parar”
Fausto Bordalo Dias
Não me deem rosas
Mas ventos
Quero as ânsias do mar
Quero beber a espuma branca
De uma onda a quebrar
E vogar
Quando eu morrer
Não me deem rosas (x)
Ah, a rosa dos ventos
A correrem na ponta dos meus dedos
A correrem, a correrem sem parar
Onda sobre onda infinita como o mar
Como o mar inquieto
Num jeito de nunca mais parar
Por isso eu quero o mar
Morrer, ficar quieto, não
Ó, sentir sempre no peito
O tumulto do mundo
Da vida e de mim
E eu e o mundo
E a vida Ó mar
O meu coração fica para ti
Para ter a ilusão
De nunca mais parar”
Fausto Bordalo Dias