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dezembro 16, 2014

©Klimt


(...  porque os nossos retratos, na distância dos dias, vão sendo a nossa metafísica mais próxima)

Abraças, de uma vez só, o impossível
E soltas metros e quilómetros de Saber,
Torneados por uma loucura disfarçada:
de rosa;
de azul de mar;
de alegrias que não deixarão de o Ser;
de ingenuidade de "não querer Saber".

Pintas, de branco leve, o choro
Voas, voas alto, muito alto, tão alto
que num fechar de olhos constante,
com que se veste um sono profundo,
inventas mil teorias de Razão;
infinitas filosofias imutáveis;
e um sol de sentidos fecundo.

E a Loucura, louca,
Clepsidra do pensamento,
de sentir o que de não sentido tinha,
Interrompeu a maré cheia de ideias,
E uma vaga vazia de certezas restou.
E o teu abraço, raro,
O impossível, para sempre, abraçou.
Raquel, 2001