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fotograma de "Labirinto do Fauno" de Guillermo del Toro |
(A sesta de um fauno)
[Excerto]
(...)
Mas a alma
Vazia de palavras e este corpo rendido
Vergam-se pela tarde ao altivo meio-dia
Em silêncio: a dormir, esquecendo a blasfémia,
Sobre a areia sedente, como eu, a sorver
Com a boca, eficaz, todo o vinho celeste!
Adeus, casal: vou ver a sombra que devieste.
Stéphane Mallarmé
Poesias, Assírio&Alvim, 2005