©raquelsav| 2021
Sempre as mesmas coisas repetidas, as mesmas palavras, os mesmos hábitos. Construímos ao lado da vida outra vida que acabou por nos dominar. Vamos até à cova com palavras. (...)
Se nos detivéssemos com palavras, se avançássemos, todos ao mesmo tempo, esquecendo o que é inútil, para esta coisa que nos devora, subjugávamo-la. Conquistávamo-la por uma vez, por maior que ela fosse. Mas nenhum de nós se atreve e passamos a vida a fingir que não existe "
Raul Brandão (1917) | Húmus | Relógio d'Água | 2015
Enquanto espero resposta, envio nova carta
branca.
Prefiro que me respondas em silêncio
também.
Ninguém vive no que escreve:
apenas reescreve o presente num passado
triste.