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©Francesca Woodman |
Caminho com passos ébrios,
embriagados pelas tintas do mundo,
cega ao vislumbre do meu sangue
- tinta única capaz de me pintar.
Por isso, descrevo um corpo difuso,
sem anunciar as vésperas da minha nudez.
O melhor que sei pintar é um rasto,
ou uma sombra, um esquisso das memórias
do dia em que nos despimos
e desenhámos a denúncia da pista jugular.
No dia em que nos pertencemos,
o mais que existiu foi pó.
E não há tinta ou sangue que jorre sobre a tela,
que o saiba pintar.