Mostrar mensagens com a etiqueta ©Angelo (Funk Pál). Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta ©Angelo (Funk Pál). Mostrar todas as mensagens

outubro 25, 2015

©Angelo Pál, Funk Pinkász -Dancers,c.1920

PLAY Prokofiev Piano Concerto N.2 (Evgeny Kissin)

De olhos bem fechados...

agosto 13, 2015


Paul (Pal Funk) Angelo -Vilma Banky, 1920s
PLAY Peixe Pêndulo


"todas as pessoas e personalidades espontâneas são activas precisamente porque são lorpas e limitadas. (...) como consequência de serem limitadas, tomam as causas superficiais e secundárias por causas primeiras, desta maneira se convencendo mais fácil e prontamente do que os outros que acharam fundamento indefectível para as suas acções, e isso sossega-as; e é isso o  mais importante, o sossego. Porque, para se começar a agir, é necessário estar-se prévia e completamente em sossego e que não existam já dúvidas nenhumas. Então, e eu, por exemplo, como hei-de sossegar-me? Onde tenho eu causas primeiras em que me baseie, onde estão os fundamentos? Onde arranjá-los? Exercito-me no raciocínio e, como consequência, para mim qualquer causa primeira arrasta consigo uma outra, ainda mais primeira, e assim por diante até ao infinito. "

Fiódor Dostoiévski [1864]
Cadernos do Subterrâneo, Assírio&Alvim, 2000
©Angelo (Funk Pál) Idõzavar, 1965 
POEMA
(para Mário Cesariny)

Moveu-se o automóvel - mas não devia mover-se
não devia!

Ontem à meia-noite três relógios distintos bateram:
primeiro um, depois outro e outro:
o eco do primeiro, o eco do segundo, eu sou o eco do terceiro

Eu sou a terceira meia-noite dos dias que começaram

Pregões de varina sem peixe
- o peixe morreu ao sair da água
e assim já não é peixe

Assim como eu que vivo uma VIDA EXTREMA

António Maria Lisboa (1928-1953)
Poemas, Biblioteca Editores Independentes (Assírio&Alvim), 2008

agosto 10, 2015

©Angelo (Funk Pál) Részegek utcája, 1928

Somos iguais - tão perfeitamente distintos.
Ambos sabemos que o tanto que nos identifica
é o muito que nos distingue.
Não seremos, por isso, melhores.
Nem piores - somente diferentes,
pelo tão iguais que somos.

E é assim que nos amamos:
amamo-nos a nós mesmos,
como ninguém nos soube ensinar.