|Assim repito o nome e sinto ainda o incêndio no rosto :|| paul celan |Porque é com nomes que alguém sabe | onde estar um corpo| por uma ideia, onde um pensamento | faz a vez da língua.| herberto helder
janeiro 28, 2025
outubro 13, 2024
PLAY Nick Cave & The Bad Seeds | Push the sky away
julho 01, 2024
©raquelsav | 2007 | Ponte das 3 Entradas |
PLAY Fausto: Aproximação à Terra + E Fomos Pela Água do Rio
PLAY Fausto: O perfume das Chuvas
(Raquel, 1.março.2014)
Aceno ao barco que vai rio acima
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©raquelsav | 20 novembro 2022 | Aula Magna |
Não me deem rosas
Mas ventos
Quero as ânsias do mar
Quero beber a espuma branca
De uma onda a quebrar
E vogar
Quando eu morrer
Não me deem rosas (x)
Ah, a rosa dos ventos
A correrem na ponta dos meus dedos
A correrem, a correrem sem parar
Onda sobre onda infinita como o mar
Como o mar inquieto
Num jeito de nunca mais parar
Por isso eu quero o mar
Morrer, ficar quieto, não
Ó, sentir sempre no peito
O tumulto do mundo
Da vida e de mim
E eu e o mundo
E a vida Ó mar
O meu coração fica para ti
Para ter a ilusão
De nunca mais parar”
Fausto Bordalo Dias
junho 24, 2024
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©raquelsav |
“Alexandra sentou-se na cama e acendeu o primeiro cigarro da manhã. Diante dela, no espelho da porta do quarto, via uma mulher de queixo apoiado nos joelhos, os braços a envolverem as pernas, e a pensar que uma coisa tinha aprendido pelo menos com o Steve: o medo de amar. É que toda a ânsia com que ele queria legalizar a situação não podia ter outro nome. Medo, qualquer estúpida saberia. Ou insegurança, se assim quiserem chamar.”
José Cardoso Pires | Alexandra Alpha | Publicações Dom Quixote
junho 23, 2024
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©raquelsav | 2024 | Sintra |
PLAY J.S. Bach | Suite Francesa, n.º 5 | Interpretada por András Schiff
"J.S. Bach nunca terá saído do seu país natal, a Alemanha. Mas o facto de não ter viajado pela Europa não o terá impedido de contactar com as tradições musicais de outras culturas. Do estilo francês, conhecia os trabalho de Couperin e Rameau, que usou nas suas composições. Bach compôs, as Suites Francesas, incorporando vários elementos representativos de estilos usados por toda a Europa. A Allemande tem origem alemã, mas a Courante é uma dança proveniente de França, a Sarabande alude a uma dança espanhola e a Gigue tem origem escocesa / irlandesa. E que harmoniosas soam todas juntas! Que bom seria, nesta complexa conjuntura mundial em que vivemos, que os políticos partilhassem deste espírito de Bach. Imagine-se, que por via do Brexit, excluíamos a Gigue da Suite Francesa, seria uma pena."
[Transcrição livre, de um momento introdutório ao seu recital, do pianista húngaro-britânico András Schiff, Sintra, Centro Cultural Olga Cadaval, 23/06/2024, 11:00-13:40]
junho 20, 2024
junho 15, 2024
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©raquelsav | jun 2024 |
PLAY Joaquín Rodrigo | Concierto de Aranjuez
Farei como Shiva me ensinou:
- alimentarei de dança suave o ímpeto destruidor;
- procurarei o movimento perpétuo dos braços, na busca do equilíbrio das mãos.
E, na esperança do reencontro, conservarei intacto o Cioran.
maio 26, 2024
abril 16, 2024
março 18, 2024
©raquelsav | 2014 | Lodz |
Se um quarto se pode abrir para o sonho,
quando a noite é pesada e o barulho da chuva entra
pela janela, já o sonho não se abre para quem não
dorme, enrolado na insónia como num velho
cobertor. Então, o que se passa pela cabeça são
os pensamentos que não se deveriam ter. Mas a
noite é assim: não faz distinção entre quem dorme
e quem está acordado; e o barulho da chuva
aumenta, com o vento, trazendo o que está
fora do quarto para dentro do quarto, e obriga
quem não dorme a agarrar-se ao cobertor, como
se fosse a última bóia no naufrágio da noite.
Nuno Júdice | Fórmulas de uma luz inexplicável
fevereiro 19, 2024
fevereiro 16, 2024
©raquelsav | 2022 | Somiedo |
fevereiro 08, 2024
fevereiro 02, 2024
janeiro 28, 2024
©raquelsav | 2022 | Astúrias |
“NÓS SOMOS
Como uma pequena lâmpada subsiste
e marcha no vento, nestes dias,
na vereda das noites, sob as pálpebras do tempo.
Caminhamos, um país sussurra,
dificilmente nas calçadas, nos quartos,
um país puro existe, homens escuros,
uma sede que arfa, uma cor que desponta no muro,
uma terra existe nesta terra,
nós somos, existimos
Como uma pequena gota às vezes no vazio,
como alguém só no mar, caminhando esquecidos,
na miséria dos dias, nos degraus desconjuntados,
subsiste uma palavra, uma sílaba de vento,
uma pálida lâmpada ao fundo do corredor,
uma frescura de nada, nos cabelos nos olhos,
uma voz num portal e a manhã é de sol,
nós somos, existimos.
Uma pequena ponte, uma lâmpada, um punho,
uma carta que segue, um bom dia que chega,
hoje, amanhã, ainda, a vida continua,
no silêncio, nas ruas, nos quartos, dia a dia,
nas mãos que se dão, nos punhos torturados,
nas frontes que persistem,
nós somos,
existimos.”
António Ramos Rosa
janeiro 27, 2024
©raquelsav | 2024 | Tomar PLAY Sitiados | Soldado |
“SOLDADO
Ai, esta eterna guerra
Ai, que me obriga a ser soldado
Já vejo a bandeira erguida
Já sinto a dor companheira
Ai, neste mar fico tão só
Por este mar
Liberdade onde vais?
Liberdade onde cais?
Esta luta é por te amar
Ai, este soldado que cerco
Ai, este soldado sou eu, sou eu!
Nos olhos a mesma dor
No peito um medo igual
Ai, sinto queimar este fogo, dentro de mim!
Liberdade onde vais?
Liberdade onde cais?
Esta luta é por te amar
Este sangue é por te amar
É por te amar”
Sitiados
janeiro 25, 2024
janeiro 18, 2024