|Assim repito o nome e sinto ainda o incêndio no rosto :|| paul celan |Porque é com nomes que alguém sabe | onde estar um corpo| por uma ideia, onde um pensamento | faz a vez da língua.| herberto helder
maio 26, 2018
maio 21, 2018
maio 17, 2018
maio 16, 2018
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©Josef Koudelka | Still Life (Newspaper) | France | 1976 | Gelatin |
quebramos o gesso
arma de arremesso
fractura exposta
posta a posta
sem fim
sem começo
maio 09, 2018
PLAY Lankum | The Granite Gaze
É a dor, moribunda, a renascer,
como quem faz viver,
a pintar o sonho inominável:
de trincha matriz-esparsa
e crivo de zeros em punho.
Esta dor maior
que esmorece as inúteis dores.
Esta dor-lição
que ensina a cair,
do chão,
como no poema.
E o sonho em água plana,
difuso, de luz refractado,
sempre inominável,
por cumprir,
parasita
na mama da dor.
Entre vidros e espelhos,
da dor ou do sonho
que há-de vir,
escolhemos a dor:
nada nos torna mais famintos
do que um sonho saciado.
É a dor, moribunda, a renascer,
como quem faz viver,
a pintar o sonho inominável:
de trincha matriz-esparsa
e crivo de zeros em punho.
Esta dor maior
que esmorece as inúteis dores.
Esta dor-lição
que ensina a cair,
do chão,
como no poema.
E o sonho em água plana,
difuso, de luz refractado,
sempre inominável,
por cumprir,
parasita
na mama da dor.
Entre vidros e espelhos,
da dor ou do sonho
que há-de vir,
escolhemos a dor:
nada nos torna mais famintos
do que um sonho saciado.