dezembro 06, 2018

©raquelsav2018
"Ama como a estrada começa"M.C.
Seremos nós, e sós,
na cidade que nos esmaga,
erguendo o ego que nos corrompe,
entupido de orgulho.
E levantamos a mão,
para assinalar a apneia,
na esperança das sete vidas,
mas a bóia não flutua mais do que o corpo.

Afogados seremos nós, e sós,
como sempre fomos, aliás,
na cidade que nos esmaga.

Não são as seis que faltam que falarão por mim.
Há muito que a minha voz não se (h)ouve,
e desconheço o como da estrada.

Sós, portanto,
assim seremos nós.