junho 21, 2014

PLAY Remar Remar Xutos&Pontapés

escolhemos a noite por não haver dia que nasça em silêncio.
e cantamos alto, muito alto,
maiores que o canto das sereias que não nos acolhe, que é chuva no mar.

prostramos nos silêncios, nadamos neles,
e, na inverosímil liberdade do choro,
procuramos a infinita sabedoria, de explodir em matéria de nada.


a noite envolve-nos docemente, por não haver dia que nos queira nascer,
e nós, como o sol que não vem, não somos, nem existimos,
voamos apenas, livremente, noite fora, contra-corrente.