outubro 05, 2020

©raquelsav

Fôssemos folhas impermeáveis, povoadas de gotas esparsas, sem ambição de torrentes, e a história inscrita de luz alimentar-se-ia, de página em página, de nós. Mas o nosso curso é invisível, pintado entre utopias e esquecimentos. O nosso silêncio escreve-se no plural, sem conjugação, possível, em tempo futuro. Como se a beleza se diluísse na indefinição do rio e escondesse o brilho de cada uma das pequenas gotas que o constitui.