janeiro 28, 2025


©raquelsav |  2020
"E se depois 
O sangue ainda correr 
Corre atrás dele 
E se depois 
O fogo te perseguir 
Aquece-te nele(...)
Mão Morta
O rosto perdeu a face e declina ao ritmo do sol se pôr.
Não é justa a luta. O rosto não é como a noite, que renasce a cada dia.

A luz da lua, 
tampouco abrilha os seus contornos,
ou testemunha os seus silêncios,
que nada definem.

O sono inquieto, interrompido por incessantes vozes,
não se deixa embalar por mantras ou sussurros longínquos.

A cada músculo tolhido, 
uma palavra afogada, uma expressão de nado morto,
a quem roubaram a energia de provir. 

O rosto não perece mas, encanecido, deve a múltiplas chagas antigas o assombro de persistir.


Queda de um grave

         - LXXXIII-

Porque a resposta mora
na centelha que, 
sagradamente,
guardo de ti


janeiro 01, 2025

Queda de um grave

        - LXXXIV-

O horizonte também nos distrai,
com a sua inequívoca beleza