|Assim repito o nome e sinto ainda o incêndio no rosto :|| paul celan |Porque é com nomes que alguém sabe | onde estar um corpo| por uma ideia, onde um pensamento | faz a vez da língua.| herberto helder
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julho 21, 2016
janeiro 14, 2016
[#1] À distância de um teclado
©raquelsav2016. Work-in-Progress |
Há gritos em corpos de abandono
e, constantemente, veias que arrebatam,
que cessam,
que despedem,
que lembram -
que existem para lembrar.
Há aromas, perfume do hábito,
impregnados nas veias que existem,
e lembram o abandono,
no corpo.
Há erros perenes e crónicos,
que insistem,
insistem,
que insistem
porque o corpo ama
porque o corpo cheira
mas não sabe abandonar.
Há tanto no corpo a querer amar,
amar a saudade de amar,
a saudade de ser em amar.
Há gritos em corpos de abandono,
amores subjectivos, adjectivos,
que não nasceram para crescer
que não nasceram para ser verbo
[num grito].