"O azar
O senhor Henri disse: as maldições são cálculos matemáticos que acertam no futuro e esperam por nós.
Entretanto, o senhor Henri baixou-se para apertar um sapato e, nesse momento, uma enorme pedra passou por cima da sua cabeça e caiu violentamente no chão.
... a minha sorte foi mais uma vez pontual - disse o senhor Henri, depois de se levantar.
... ou seja: a minha sorte está sempre sincronizada com o meu azar.
... se uma pedra me batesse na cabeça seria azar - disse o senhor Henri.
... mas felizmente veio a sorte de me ter baixado no momento em que a pedra me queria abrir a cabeça.
... as pessoas que têm azar não deixam de ter sorte.
... o que têm é sorte nos momentos errados - disse.
... é como se no meio do deserto encontrassem um saco cheio de areia... - disse o senhor Henri."
Entretanto, o senhor Henri baixou-se para apertar um sapato e, nesse momento, uma enorme pedra passou por cima da sua cabeça e caiu violentamente no chão.
... a minha sorte foi mais uma vez pontual - disse o senhor Henri, depois de se levantar.
... ou seja: a minha sorte está sempre sincronizada com o meu azar.
... se uma pedra me batesse na cabeça seria azar - disse o senhor Henri.
... mas felizmente veio a sorte de me ter baixado no momento em que a pedra me queria abrir a cabeça.
... as pessoas que têm azar não deixam de ter sorte.
... o que têm é sorte nos momentos errados - disse.
... é como se no meio do deserto encontrassem um saco cheio de areia... - disse o senhor Henri."
Gonçalo M. Tavares O Senhor Henri, Caminho, 2003