Abschied
Aber du kamst nie mit dem Abend -
Ich saß im Sternenmantel
...Wenn es an mein Haus pochte,
War es mein eigenes Herz.
Das hängt nun an jedem Türpfosten,
Auch an deiner Tür;
Zwischen Farren verlöschende Feurrose
Im Braun der Girlande.
Ich färbte dir den Himmel brombeer
Mit meinem Herzblut.
Aber du kamst nie mit dem Abend -
...Ich stand in goldenen Schuhen.
Despedida
Mas tu nunca vinhas com a noite -
E eu sentada com casaco de estrelas.
... Quando batiam à minha porta
Era o meu próprio coração.
Agora pendurado em todas as ombreiras,
Também na tua porta;
Entre touros rosa-de-fogo a extinguir-se
No castanho da grinalda.
Tingi-te o céu cor de amora
Com o sangue do meu coração.
Mas tu nunca vinhas com a noite
... E eu de pé com sapatos dourados.
Else Lasker-Schüller (1917) | A Alma e o Caos: 100 poemas expressionistas | Relógio D´Água | 2001 | Trad. João Barrento
Aber du kamst nie mit dem Abend -
Ich saß im Sternenmantel
...Wenn es an mein Haus pochte,
War es mein eigenes Herz.
Das hängt nun an jedem Türpfosten,
Auch an deiner Tür;
Zwischen Farren verlöschende Feurrose
Im Braun der Girlande.
Ich färbte dir den Himmel brombeer
Mit meinem Herzblut.
Aber du kamst nie mit dem Abend -
...Ich stand in goldenen Schuhen.
Despedida
Mas tu nunca vinhas com a noite -
E eu sentada com casaco de estrelas.
... Quando batiam à minha porta
Era o meu próprio coração.
Agora pendurado em todas as ombreiras,
Também na tua porta;
Entre touros rosa-de-fogo a extinguir-se
No castanho da grinalda.
Tingi-te o céu cor de amora
Com o sangue do meu coração.
Mas tu nunca vinhas com a noite
... E eu de pé com sapatos dourados.
Else Lasker-Schüller (1917) | A Alma e o Caos: 100 poemas expressionistas | Relógio D´Água | 2001 | Trad. João Barrento