julho 27, 2015

Estava a pensar que um silêncio de ruídos nem sempre é silêncio, quando se enche de luzes... Estava realmente a pensar que essas luzes, essas estrelas eram a própria distância, aquela que se gera pela distância dos lugares, dos lugares que temos em nós mas que esquecemos, de forma intermitente... desses lugares, montes, rios e vales que são o mundo... ainda bem... ainda bem... pois estava a pensar que um silêncio... uma pausa... uma distância... um esquecimento... uma ponte... uma música e um encontro fazem um mundo... e que o esquecimento, por ser intermitente, faz com que o mundo, seja longe daqui, e a distância desses lugares em nós, seja assim... apenas um silêncio de ruídos intermitentes!

Estava a pensar nas pontes, pontes movediças, como elas se movem, e ainda bem, porque os rios nem sempre ficam onde estão, e os mundos são o que são... ainda bem... ainda bem... porque nem sempre o mundo fica aqui ou ali ou ao lado... e as pontes dão jeito, aqui e acolá... como as cordas que esticam e ligam, a música ao encontro longínquo... ainda bem!

Estava a pensar nesse desejo egoísta que tantas vezes me assola... e, de visita, me faz pensar que as pontes estão lançadas e os mundos criados... e que eles, por serem mundos, teriam um lugar relativo, mas ali... 

Estava a pensar nesse desejo, de criar mundos e de os lançar para engrandecer... e a pensar que os engrandecia, por querer ou julgar,...

           [Estou a pensar como sou inocente.]