junho 08, 2015

Os olhos fechados são fontes de sol e vinho
que, no calor e na sombra ébria,
nos fazem esquecer o mundo.
Por isso subimos de olhos fechados,
em redobrados esforços de equilíbrio,
como se cada passo fosse um passo da Terra,
a rodopiar-satélite sob o nosso corpo imóvel.
Também os sorrisos são armas que matam,
por isso os guardamos tão secretamente
- e vivos -
até à data do reencontro,
onde assinaremos o suicídio comum
e gritaremos, num último suspiro:
- Enfim, sós.

PLAY Bernardo Sassetti Prelúdio para uma história invisível