![]() |
©Irving Penn, Marrocos |
Por isso cerro os olhos na iminência do pão.
A mesa fica tão vazia
quando nela habita um pão inteiro,
sem mão, sem faca.
Dobrámos a língua,
digerimos a cadência,
repetimos à exaustão:
|| Brot, bread, pan, pain,
Brot, bread, pan, pain,
Brot, bread, pan, pain,
Brot, bread, pan, pain :||
Multiplicámos o pão:
pain, pain pain pain, ...
até descobrirmos a alquimia fonética.
Transmutámos pão em dor.
Repartimos,
tomámos
e comemos.